Quais são os sintomas das principais patologias do colo uterino?

O colo uterino pode apresentar várias patologias, que variam desde condições benignas até doenças mais graves. Algumas das principais com seus respectivos sintomas são:

1. Cervicite

  • Descrição: Inflamação do colo uterino, frequentemente causada por infecções (como clamídia ou gonorreia) ou irritações.
  • Sintomas: Secreção vaginal anormal (com ou sem odor), dor durante o relacionamento sexual, sangramento entre períodos menstruais e dor pélvica.

2. Ectopia Cervical (Ectropião)

  • Descrição: Quando as células da camada interna do colo uterino (células glandulares) estão presentes na superfície externa do colo.
  • Sintomas: Secreção vaginal aumentada, sangramento ou manchas vaginais após o sexo ou entre períodos menstruais.

3. Pólipos Cervicais

  • Descrição: Crescimentos benignos no colo uterino que podem se desenvolver devido a inflamações ou alterações hormonais.
  • Sintomas: Sangramento vaginal anormal, sangramento pós-menopausa, secreção vaginal anormal, ou dor durante o sexo.

4. Displasia Cervical

  • Descrição: Alterações precoces nas células do colo uterino que podem preceder o câncer cervical.
  • Sintomas: Geralmente não causa sintomas visíveis, mas pode levar a sangramentos vaginais anormais e secreções. É frequentemente detectada através de exames de Papanicolau (Pap).

5. Câncer Cervical

  • Descrição: Crescimento maligno de células no colo uterino, frequentemente associado ao HPV (vírus do papiloma humano).
  • Sintomas: Sangramento vaginal anormal (incluindo após o sexo), secreção vaginal aquosa e sanguinolenta, dor pélvica, e dor durante o sexo. Em estágios mais avançados, pode haver dor nas costas, perda de peso inexplicada e inchaço nas pernas.

6. Infecção por HPV (Papilomavírus Humano)

  • Descrição: Infecção viral que pode causar verrugas genitais e está associada ao risco de câncer cervical.
  • Sintomas: Muitas vezes assintomática, mas pode causar verrugas genitais visíveis. O câncer cervical associado ao HPV pode ter sintomas semelhantes aos descritos anteriormente.

7. Endometriose

  • Descrição: Presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, que pode afetar o colo uterino.
  • Sintomas: Dor pélvica crônica, dor durante o sexo, sangramentos menstruais intensos e irregularidades menstruais.

Para diagnóstico e tratamento adequado, é fundamental realizar exames regulares, como o exame de Papanicolau e, se necessário, uma colposcopia ou biópsia.

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Adenomiose: o que é e como tratar?

Adenomiose é uma condição médica na qual o tecido que normalmente reveste o útero começa a crescer dentro da parede muscular do útero (miométrio). Esse tecido é chamado de endométrio e é o mesmo tecido que é eliminado durante a menstruação.

Na adenomiose, o endométrio se incrusta na camada muscular do útero, o que pode resultar em um útero aumentado de tamanho e frequentemente leva a sintomas como menstruações mais intensas e prolongadas, cólicas menstruais mais fortes e dor pélvica crônica. A adenomiose pode ocorrer isoladamente ou em combinação com outras condições uterinas, como os miomas uterinos.

O diagnóstico geralmente é feito com base nos sintomas, exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética. O tratamento pode envolver desde o uso de medicamentos para alívio dos sintomas até intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade dos sintomas e do desejo da paciente de preservar a fertilidade.

Como funciona o tratamento?

O tratamento da adenomiose pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades da paciente. As opções de tratamento incluem:

  • Medicamentos:

-Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): Podem ser utilizados para aliviar a dor menstrual.

Hormônios: Como contraceptivos orais combinados, que podem ajudar a reduzir o crescimento do tecido endometrial. Outras opções incluem progestágenos, dispositivos intrauterinos liberadores de progestágenos (DIU), ou agonistas de GnRH, que suprimem temporariamente a produção de hormônios ovarianos.

  • Procedimentos minimamente invasivos:

Embolização uterina: É um procedimento realizado por um radiologista intervencionista para reduzir o fluxo sanguíneo para o útero, ajudando a diminuir os sintomas.

Ablação endometrial: Em alguns casos, a remoção cirúrgica do tecido endometrial pode ser feita por meio de técnicas como a ablação por radiofrequência.

  • Cirurgia:

Histerectomia: Em casos graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, a remoção cirúrgica do útero (histerectomia) pode ser recomendada. Isso geralmente resolve completamente os sintomas da adenomiose, mas é uma opção irreversível para mulheres que desejam preservar a fertilidade.

  • Tratamentos alternativos: 

Alguns tratamentos complementares, como acupuntura, podem ajudar a aliviar a dor em alguns casos, embora sua eficácia varie de pessoa para pessoa.

A escolha do tratamento adequado depende de vários fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, a idade da paciente, o desejo de preservar a fertilidade e outras condições médicas que possam estar presentes. É importante que qualquer decisão seja discutida em detalhes com um médico especializado, para garantir que a abordagem escolhida seja a mais apropriada para a situação específica da paciente.

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Ácido Hialurônico Vaginal: quais são os benefícios?

O ácido hialurônico é uma substância naturalmente presente no corpo humano, conhecida por suas propriedades hidratantes e regenerativas. Na área vaginal, o ácido hialurônico pode ser utilizado para melhorar a hidratação e a elasticidade dos tecidos, especialmente em mulheres que sofrem de secura vaginal ou outras condições que afetam a mucosa vaginal.

Existem várias formas de utilizar o ácido hialurônico na região vaginal, incluindo:

  1. Géis ou cremes: São aplicados diretamente na mucosa vaginal para ajudar a hidratar e restaurar a elasticidade dos tecidos.
  2. Preenchedores: Alguns produtos contêm ácido hialurônico para uso específico na região vaginal, com o objetivo de melhorar a hidratação e suavizar rugas ou linhas finas.
  3. Procedimentos médicos: Em alguns casos, procedimentos médicos podem ser realizados para injetar ácido hialurônico diretamente na mucosa vaginal, visando melhorar a hidratação e a saúde dos tecidos.

É importante destacar que qualquer uso de ácido hialurônico na área vaginal deve ser discutido com um profissional de saúde qualificado, como um ginecologista ou dermatologista especializado em saúde íntima feminina.

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