Guia informativo para contracepção com dispositivo intrauterino hormonal (DIU)

O Dispositivo Intrauterino Hormonal (DIU hormonal) é um método contraceptivo eficaz e de longa duração, inserido no útero para liberar o hormônio progestina (levonorgestrel). Além de prevenir a gravidez, também trata condições como menorragia, endometriose e hiperplasia endometrial sem atipia. 

Nesse artigo trouxe para você as principais dúvidas em relação ao tão famoso DIU.

O que é dispositivo intrauterino hormonal (DIU hormonal)?

O DIU hormonal é um pequeno dispositivo em forma de “T” inserido no útero para contracepção a longo prazo. Ele libera uma quantidade constante de hormônio progestina (levonorgestrel) para prevenir a gravidez.

Quais são as indicações para o uso do DIU hormonal?

As indicações para o uso do DIU hormonal incluem:

  • Contracepção de longa duração (até 3-5 anos dependendo do tipo).
  • Tratamento de menorragia (sangramento menstrual intenso).
  • Tratamento de dor associada à endometriose.
  • Tratamento de hiperplasia endometrial sem atipia.

Qual é o melhor momento para o médico colocar o DIU hormonal?

O melhor momento para inserir o DIU hormonal é durante o período menstrual, preferencialmente nos primeiros dias do ciclo. Isso facilita a inserção e garante que a mulher não está grávida.

Como DIU hormonal funciona?

O DIU hormonal funciona liberando levonorgestrel no útero, o que:

  • Espessa o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides.
  • Afina o endométrio, reduzindo a probabilidade de implantação.
  • Pode inibir parcialmente a ovulação em algumas mulheres.

Posso expulsar o DIU hormonal?

Sim, há uma pequena chance de expulsão do DIU, especialmente nos primeiros meses após a inserção. Os fatores de risco incluem idade jovem, menstruações abundantes e útero de forma ou tamanho anormal.

Quais são os efeitos colaterais que podem ocorrer com o DIU hormonal?

Os efeitos colaterais podem incluir:

  • Sangramentos irregulares nos primeiros meses.
  • Amenorreia (ausência de menstruação) em algumas mulheres.
  • Dor pélvica.
  • Cefaleia.
  • Mastalgia (dor nas mamas).
  • Alterações de humor.

O DIU hormonal via causar acne?

O DIU hormonal pode causar acne em algumas mulheres, embora isso não ocorra para todas.

O DIU hormonal engorda?

Não há evidências conclusivas de que o DIU hormonal cause ganho de peso significativo. Qualquer ganho de peso é geralmente leve e pode ser mais relacionado a outros fatores.

O DIU hormonal causa dor de cabeça?

Algumas mulheres podem experimentar dores de cabeça como efeito colateral do DIU hormonal, mas não é um efeito comum.

Meu ciclo menstrual mudará com o DIU hormonal?

Sim, é comum que o ciclo menstrual mude. Muitas mulheres experimentam sangramentos irregulares nos primeiros meses, que podem se tornar menos frequentes ou ausentes com o tempo.

Com que frequência devo consultar meu médico após a inserção do DIU hormonal?

Recomenda-se uma consulta de acompanhamento cerca de 4-6 semanas após a inserção para verificar a posição do DIU. Após isso, consultas anuais ou conforme recomendado pelo médico são adequadas.

O que fazer caso queira engravidar ou remover o DIU hormonal por outra razão?

Se desejar engravidar ou remover o DIU hormonal por outra razão, você deve agendar uma consulta com seu médico para a remoção. A fertilidade geralmente retorna rapidamente após a remoção.

Por quanto tempo posso usar o DIU hormonal?

Dependendo do tipo, o DIU hormonal pode ser usado por 3 a 5 anos. Após esse período, ele deve ser substituído ou removido.

Posso amamentar durante o uso do DIU hormonal?

Sim, o DIU hormonal é considerado seguro para uso durante a amamentação.

Quando não devo usar o DIU hormonal?

Você não deve usar o DIU hormonal se tiver:

  • Gravidez confirmada.
  • Infecções pélvicas ativas.
  • Câncer de útero ou colo do útero.
  • Alergia aos componentes do DIU.
  • Doenças hepáticas graves.

O DIU hormonal pode me proteger do HIV ou de ISTs?

Não, o DIU hormonal não protege contra o HIV ou outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). É necessário o uso de preservativos para proteção contra ISTs.

O DIU hormonal é uma opção confiável para a contracepção e tratamento de certas condições ginecológicas. Embora possam ocorrer efeitos colaterais, muitos benefícios são observados, como a regulação do ciclo menstrual. Consultas médicas regulares são importantes para garantir seu bom funcionamento e monitorar a saúde reprodutiva.

Endometriose: saiba como cuidar e prevenir

O que é endometriose?

  • Endometriose é o nome que se dá para a camada interna do útero;
  • Quando as células que formam essa camada crescem fora do útero, temos a endometriose;
  • Esses focos podem ocorrer fora da pélve (região abaixo do abdômen) e acometer também órgãos não reprodutivos, como vias urinárias, intestino, etc;
  • É uma condição comum que causa dor pélvica e dificuldade para engravidar;
  • Até 10% das mulheres em idade fértil têm endometriose;
  • A endometriose está presente em 50% das mulheres com infertilidade e em 70% de mulheres e adolescentes com dor pélvica;

Quais são as causas?

  • A causa não é completamente conhecida;
  • Está associada a restos celulares da época embrionária, assim como características genéticas de cada mulher;

Quais são os sintomas?

  • Dor: antecedendo a menstruação; durante todo o ciclo com piora na menstruação; durante ou após relação sexual; durante a evacuação ou ao urinar, principalmente durante a menstruação; pode ser pélvica ou lombar, a depender da localização dos focos;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Fadiga crônica;
  • Até 1/3 das mulheres são assintomáticas;

Posso prevenir a endometriose?

  • Não há como evitá-lo;
  • Há como reduzir a intensidade dos sintomas;
  • Fale com sua médica (o) sobre as possibilidades de tratamento;
  • Pratique exercícios físico pelo menos 4 horas por semana;
  • Evite consumo de bebidas alcoólicas;
  • Evite consumo de cafeína;

Identificou algum dos sintomas ou dores citados acima? Marque agora mesmo sua consulta comigo!

Cirurgia de miomectomia videolaparoscópica inédita em Umuarama PR!

Os miomas uterinos são tumores benignos comuns que podem afetar a fertilidade e a qualidade de vida das mulheres. O manejo cirúrgico desses tumores, especialmente em pacientes que desejam preservar a fertilidade, requer abordagens que minimizem danos ao tecido uterino saudável e reduzam o tempo de recuperação. Neste artigo, descrevo um caso clínico de miomectomia videolaparoscópica minimamente invasiva, destacando a técnica cirúrgica e os resultados pós-operatórios.

Nessa situação realizei o procedimento cirúrgico utilizando a técnica de miomectomia videolaparoscópica. A abordagem minimamente invasiva incluiu o uso de morcelador eletrônico descartável, com punções na pele de 5 milímetros. A técnica escolhida visou minimizar o trauma cirúrgico e preservar o máximo possível do tecido uterino saudável.

Iniciei a cirurgia com a criação de quatro punções de 5 milímetros na parede abdominal, através das quais inseri os instrumentos laparoscópicos e o morcelador eletrônico. Sob visão laparoscópica direta, identifiquei, isolei e submeti o mioma a morcelamento. O morcelador eletrônico permitiu a fragmentação controlada do mioma, facilitando sua remoção através das pequenas incisões.

A miomectomia videolaparoscópica minimamente invasiva, com uso de morcelador eletrônico descartável e punções de 5 milímetros, é uma técnica segura e eficaz para a remoção de miomas uterinos em pacientes que desejam engravidar. Este caso clínico destaca a importância da abordagem minimamente invasiva na preservação da fertilidade e na promoção de uma recuperação rápida e bem-sucedida.

Tenho dificuldade para engravidar. O que devo fazer?

Lidar com dificuldades para engravidar pode ser emocionalmente desafiador. É importante lembrar que você não está sozinha nessa jornada e que existem muitos recursos e apoio disponíveis para ajudá-la. Em homenagem às mamães e futuras mamães, listei hoje algumas dicas super importantes para que você possa realizar o tão desejado sonho da maternidade. Leia esse post até o final:

  1. Antes de qualquer coisa marque uma consulta com uma especialista: Se você está tentando engravidar há algum tempo sem sucesso, é importante consultar um profissional especializado em fertilidade. Eles podem realizar exames para identificar possíveis problemas de fertilidade e oferecer opções de tratamento.
  1. Cuide da sua saúde: Mantenha um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares e evite substâncias nocivas, como álcool, tabaco e drogas ilícitas. O peso saudável também pode afetar a fertilidade, portanto converse com sua médica (o) sobre o peso ideal para você.
  1. Reduza o estresse: O estresse pode afetar a fertilidade, portanto, é importante encontrar maneiras de reduzi-lo. Praticar técnicas de relaxamento, como meditação, exercícios físicos ou hobbies que você goste, pode ajudar a aliviar o estresse.
  1. Converse com seu parceiro: É importante que vocês dois estejam abertos e honestos sobre seus sentimentos em relação à dificuldade de engravidar. O apoio mútuo pode fortalecer o relacionamento e ajudá-los a enfrentar os desafios juntos.
  1. Considere apoio emocional: Participar de grupos de apoio para casais com dificuldades de fertilidade ou procurar aconselhamento psicológico individualmente ou em casal pode ser benéfico para lidar com o estresse emocional.
  1. Explore todas as opções: Existem várias opções de tratamento para a infertilidade, incluindo fertilização in vitro (FIV), inseminação intrauterina (IIU) e tratamentos de fertilidade assistida. Converse com sua médica sobre as opções disponíveis e qual é a mais adequada para você.

Lembre-se de que cada jornada de fertilidade é única e pode levar tempo. Mantenha-se positiva, busque apoio quando necessário e confie no processo. Lidar com dificuldades para engravidar pode ser emocionalmente desafiador. É importante lembrar que você não está sozinha nessa jornada e que existem muitos recursos e apoio disponíveis para ajudá-la.

O que é videolaparoscopia e seus procedimentos

A videolaparoscopia, também conhecida como laparoscopia ou cirurgia minimamente invasiva, é um procedimento cirúrgico utilizado para diagnóstico e tratamento de diversas condições médicas. Durante uma videolaparoscopia, o cirurgião faz pequenas incisões na parede abdominal e insere um instrumento chamado laparoscópio, que é uma câmera de vídeo de alta resolução, juntamente com outros instrumentos cirúrgicos.

Essa técnica permite ao cirurgião visualizar o interior do abdômen em tempo real em um monitor de vídeo, facilitando a realização de procedimentos cirúrgicos com precisão. Comparada à cirurgia tradicional de abertura, a videolaparoscopia oferece várias vantagens, como menor trauma tecidual, menos dor pós-operatória, recuperação mais rápida e menor tempo de internação hospitalar.

Na área da ginecologia, a videolaparoscopia é uma técnica amplamente utilizada para uma variedade de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Aqui estão alguns exemplos de cirurgias videolaparoscópicas em ginecologia:

  1. Laparoscopia diagnóstica: Este é um procedimento comum em que o médico utiliza um laparoscópio para visualizar os órgãos reprodutivos internos, como os ovários, as tubas uterinas e o útero. Isso pode ser realizado para investigar condições como endometriose, cistos ovarianos, aderências pélvicas, entre outras.
  2. Cirurgia de Endometriose: A endometriose é uma condição na qual o tecido que normalmente reveste o útero começa a crescer fora dele, muitas vezes causando dor e outros sintomas. A videolaparoscopia é frequentemente usada para remover os implantes de tecido endometrial anormal, aliviando os sintomas e ajudando a restaurar a fertilidade, se necessário.
  3. Tratamento de cistos ovarianos: Cistos ovarianos são sacos cheios de líquido que se formam nos ovários. Em alguns casos, eles podem precisar ser removidos cirurgicamente. A videolaparoscopia permite a remoção precisa do cisto, muitas vezes preservando o tecido ovariano saudável.
  4. Cirurgia para tratamento de miomas uterinos: Miomas são crescimentos não cancerosos no útero que podem causar sintomas como sangramento menstrual intenso, dor pélvica e pressão sobre a bexiga ou intestinos. A videolaparoscopia pode ser usada para remover os miomas ou para realizar uma miomectomia, preservando o útero para mulheres que desejam engravidar no futuro.
  5. Cirurgia de laqueadura tubária: A esterilização feminina, conhecida como laqueadura tubária, é um procedimento em que as tubas uterinas são bloqueadas ou cortadas para prevenir a gravidez. Esse procedimento pode ser realizado por videolaparoscopia, com pequenas incisões abdominais, proporcionando uma recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória do que a cirurgia abdominal tradicional.

Esses são apenas alguns exemplos de como a videolaparoscopia é utilizada na ginecologia para diagnóstico e tratamento de uma variedade de condições.

Detectando os sinais precoces do câncer de mama: O que toda mulher deve saber

O câncer de mama é uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres em todo o mundo. No entanto, a detecção precoce desempenha um papel fundamental no tratamento bem-sucedido dessa doença. Conhecer os sinais de alerta pode ajudar você a identificar potenciais problemas e buscar atendimento médico rapidamente. Aqui estão os sinais mais comuns a serem observados:

1. Nódulo ou massa: Um caroço ou inchaço na mama ou na axila é frequentemente um dos primeiros sinais detectados. Enquanto nem todos os nódulos são cancerígenos, é importante procurar avaliação médica se você notar qualquer alteração.

2. Alterações na pele: Mudanças na aparência da pele da mama, como vermelhidão, descamação, enrugamento ou retração, podem indicar problemas. Estas mudanças podem ser visíveis na superfície da pele da mama ou ao redor da aréola.

3. Alterações no mamilo: Mudanças no mamilo podem incluir inversão, coceira persistente, descarga (que não seja leite materno) ou uma mudança na sua aparência, como a presença de crostas ou feridas.

4. Dor persistente: Embora a presença de dor na mama não seja necessariamente um sinal de câncer, dor persistente na mama ou na axila, que não está relacionada ao ciclo menstrual ou não desaparece com o tempo, deve ser avaliada por um profissional de saúde.

5. Mudanças na forma ou tamanho da mama: Uma mama que parece maior ou mais inchada do que a outra, ou uma mudança na forma da mama que é notável, pode ser um sinal de alerta.

É fundamental ressaltar que nem todas as alterações nas mamas indicam câncer de mama, mas é importante estar ciente desses sinais e procurar avaliação médica se surgirem preocupações. Além disso, é recomendado que todas as mulheres realizem auto exames regulares das mamas e mamografias de acordo com as diretrizes médicas.

A detecção precoce do câncer de mama aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido e recuperação completa. Portanto, estar atenta aos sinais de alerta e buscar atendimento médico adequado é essencial para a sua saúde e bem-estar.