Câncer de mama em mulheres jovens: existe risco?

Olá, querida leitora!

Quando se fala em câncer de mama, é comum associar a doença a mulheres com mais de 50 anos. De fato, a maioria dos casos acontece após essa idade. No entanto, o câncer de mama também pode atingir mulheres mais jovens, inclusive na faixa dos 20 e 30 anos. Embora seja menos frequente, o risco existe — e a informação é uma importante aliada na prevenção e no diagnóstico precoce.

Qual é a incidência em mulheres jovens?

Estudos indicam que cerca de 7% a 10% dos casos de câncer de mama ocorrem em mulheres com menos de 40 anos. Apesar de esse percentual ser relativamente pequeno, ele merece atenção especial. Isso porque, em mulheres jovens, os tumores tendem a ser mais agressivos e a serem diagnosticados em estágios mais avançados, devido à ausência de rastreamento rotineiro nessa faixa etária.

Principais fatores de risco

O câncer de mama em mulheres jovens costuma ter forte relação com fatores genéticos ou hereditários. Entre os principais fatores de risco, podemos destacar:

  • Histórico familiar de câncer de mama, especialmente em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha);
  • Presença de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam consideravelmente o risco;
  • Início precoce da menstruação (antes dos 12 anos);
  • Uso prolongado de anticoncepcionais hormonais sem orientação médica;
  • Estilo de vida sedentário, alimentação desequilibrada e consumo excessivo de álcool.

É possível prevenir?

Embora não exista uma forma definitiva de prevenir o câncer de mama, é possível reduzir os riscos adotando hábitos saudáveis e mantendo um acompanhamento médico regular. Para mulheres com histórico familiar ou suspeita de predisposição genética, é recomendável buscar avaliação especializada com um mastologista, que pode indicar exames complementares ou acompanhamento mais próximo.

Quando e como investigar?

A mamografia de rotina é indicada, como regra geral, a partir dos 40 anos. No entanto, mulheres jovens com histórico familiar de câncer de mama devem procurar orientação médica mais cedo. Nestes casos, o mastologista pode solicitar exames como ultrassonografia das mamas, ressonância magnética ou até mesmo mamografia antecipada, dependendo do quadro clínico.

Além dos exames, é fundamental que a mulher conheça seu próprio corpo. Mudanças como nódulos, dor persistente, vermelhidão, retrações na pele ou secreções mamilares devem ser investigadas.

Informação que salva vidas

Falar sobre câncer de mama em mulheres jovens é ampliar a consciência sobre uma realidade que, embora menos comum, pode impactar profundamente a vida de muitas pacientes. Se você tem menos de 40 anos, não deixe de observar seus sinais, realizar consultas periódicas e buscar orientação especializada sempre que necessário.

O diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de garantir tratamentos menos agressivos e maiores chances de cura.

Com carinho,

Dra. Tânia Regina A. Perci

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